Primeiramente, não há indícios de que o papel do advogado será extinto no futuro. A chegada das novas tecnologias vem para agilizar e facilitar o trabalho desses profissionais, e não para substituí-los. No entanto, os que quiserem manter-se competitivos no mercado terão que se adaptar à nova realidade. Este é o que chamamos de advogado do futuro.
Para acompanhar a evolução do setor jurídico como um todo, entregando qualidade com visão estratégica e rigor analítico e estatístico, o advogado do futuro precisa acompanhar as mudanças em termos de comportamento social, bem como aderir às novas tecnologias disponíveis. Aqueles que não quiserem ficar para trás precisam adaptar seu mindset e fazer uso, por exemplo, de ferramentas de gestão e organização de tarefas, através de um software jurídico.
É uma questão de tempo para que esta e outras práticas similares dominem o mercado. Podemos concluir isso ao conferir alguns dados de países que estão à frente, como os Estados Unidos. Segundo relatório de tendências jurídicas da Clio feito em 2020, 85% dos advogados americanos já estavam usando softwares para gerenciar suas práticas jurídicas. O Brasil vem um pouco atrás, mas caminhando na mesma direção.
Já a empresa de consultoria Gartner indicou em relatório que, até 2025, o investimento em tecnologia jurídica terá triplicado em comparação aos números de 2021. Ela também constatou que os departamentos jurídicos terão automatizado metade de seu trabalho até ano de 2024.
Mas não só de tecnologia vive o advogado do futuro. A presença marcante das inovações tecnológicas requer mais do que incorporá-las ao dia a dia. Os advogados que quiserem se destacar no mercado devem ampliar seu conhecimento para além do mundo jurídico e avançar sobre áreas estratégicas e de gestão. Marketing, administração e gerenciamento de dados são apenas alguns dos ramos que surgem como tendências para o sucesso no Direito a longo prazo.
Apesar dessa transdisciplinaridade que surge como palavra-chave do momento, dentro do saber jurídico, a especialização permanece como um fator muito valorizado. O advogado do futuro é reconhecido por ser especialista em determinados assuntos e experimentará maior êxito na profissão do que o advogado que faz de tudo um pouco e não se aprofunda em nada.
O advogado do futuro se diferencia do advogado do passado em diversos aspectos. Enquanto o primeiro é orientado por dados, utiliza a tecnologia ao seu favor e antecipa tendências, o segundo ainda se organiza através de planilhas do excel, não tem uma boa gestão da clientela, demora muito mais tempo para fazer suas entregas e é resistente à implementação de melhorias.
Resumidamente, para garantir um lugar ao sol nos próximos anos no ramo da advocacia, é preciso ter em mente estas competências e habilidades do advogado do futuro: inovação, transdisciplinaridade e especialização. Com essas três frentes bem trabalhadas, o advogado terá em mãos um serviço eficiente e completo para entregar ao cliente, surpreendendo-o desde o atendimento até a solução final.
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