O mundo digital tem avançado em todos os âmbitos da sociedade, impactando todos os campos do conhecimento e o mercado tem se transformado para acompanhar essas mudanças. No Direito, têm surgido termos e conceitos novos como Visual Law, Jurimetria, Legal Design Thinking, Advogado Ágil, Advocacia 4.0 e Advocacia 5.0. 

Na tentativa de  acompanhar o ritmo acelerado das mudanças e as novas demandas, não é exagero dizer que esses conceitos revolucionam a área, permitindo um salto bastante considerável. Apesar do Direito ser visto como uma das áreas mais conservadoras e burocráticas da sociedade, ao invés de temer a tecnologia, este texto mostra algumas importantes vantagens em defesa dos novos aliados que ela traz.

Advocacia 4.0 ou Advocacia 5.0: qual é o certo?

Não existe certo nem errado para a pergunta. Pode-se entender a Advocacia 5.0 como uma evolução da 4.0. A Sociedade 4.0 relaciona-se com o boom da informação, produtividade, digitalização e uso de dados em grande escala. Na Era da Informação, do Big Data e da Inteligência Artificial, a grande novidade trazida é a automatização de processos.

A diferença para a Sociedade 5.0 que adentramos, também chamada Sociedade Superinteligente, é que começa-se a focar na maneira como a utilização dessas automações todas podem melhor atender as necessidades humanas. 

Enquanto na Advocacia 4.0 pensamos em ganhar eficiência para atuações mais estratégicas, com as estatísticas da Jurimetria; a Advocacia 5.0 volta-se para o chamado atendimento humanizado.O Legal Design, aplicação do Design Thinking ao Direito, é uma de suas novas manifestações. Uma das suas subáreas, o Visual Law, apresenta uma linguagem com recursos visuais que são mais persuasivos e ajudam a mente humana a absorver diferentes informações ao mesmo tempo. Quem nunca ficou satisfeito com um dashboard bem organizado e ilustrado com gráficos ou tabelas ou ainda infográficos muito mais palatáveis que longos textos? 

De qualquer maneira, para chegar ao nível 5.0, precisamos galgar alguns degraus, compreendendo e dominando os avanços trazidos pelas ferramentas que o Big Data, a Inteligência Artificial e a mineração de dados trazem. No Brasil, duas pesquisas mostram que a Advocacia 4.0 ainda não atingiu nem a metade dos profissionais do ramo:

Em 2019, uma pesquisa realizada pela Turivius com a Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou que 32% dos advogados brasileiros nunca tinham ouvido falar em Jurimetria, o campo da estatística aplicada ao Direito com o auxílio de Data mining e Inteligência Artifical. Do total, 95% não utilizavam nenhuma ferramenta para isso. 

Já em 2021, uma pesquisa da Datafolha também relacionada ao uso da tecnologia no Direito divulgou que 45% dos advogados usavam algum tipo de software jurídico ou de gestão, 29% utilizavam Inteligência Artificial e 25% aplicavam Jurimetria no seu trabalho. 

O Advogado Ágil e as Metodologias Ágeis

As metodologias ágeis têm ganhado espaço na gestão das empresas. Foram criadas na tentativa do mercado dar conta de acompanhar o aumento da demanda de serviços com a quantidade de informações e ferramentas disponíveis nos tempos atuais. Tratam-se de  métodos de gestão para organizar atividades e fluxos de trabalho em uma empresa. 

Há vários tipos de metodologias ágeis. Dentre as mais conhecidas, estão:

  • Lean: identifica e elimina desperdícios;
  • Kanban: divide processos em etapas progressivas, oferecendo uma visão do realizado;
  • Scrum: otimiza procedimentos entre equipes, a fim de aumentar a produtividade e assertividade;
  • Safe: favorece o alinhamento entre gerências e equipes;
  • Smart: auxilia na elaboração de metas reais e atingíveis.

Em tempos de constante mudança, não há receita de bolo para a gestão jurídica. Para escolher os métodos de trabalho e gestão mais adequados é preciso estudar as características do negócio e da equipe.

No Direito, não cabe dizer que a pressa é inimiga da perfeição. Isso porque aqui a celeridade é um dos critérios de qualidade. Precisando oferecer entregas de resultados regularmente, as metodologias ágeis ajudam com as tarefas burocráticas e a sobreviver na Advocacia 4.0, preparando-se para a 5.0.

Confira abaixo 7 ferramentas essenciais que o Advogado dos novos tempos precisa aprender a dominar para ajudá-lo a se destacar no mercado:

  • Govtechs: portais para protocolar solicitações e acompanhar o andamento de processos;
  • Sotfwares de Gestão Jurídica: sistemas que padronizam os fluxos de atividades dos advogados de um escritório;
  • Comunicação ágil e bem estruturada;
  • Organização digital, para administrar o tempo e verificar procedimentos;
  • Autenticação digital, além de otimizar tempo e dinheiro, a assinatura eletrônica possibilita atender clientes remotamente de qualquer lugar do país com agilidade, segurança e comodidade;
  • Inteligência artificial: programas que auxiliam na leitura de documentos;
  • Organização de arquivos, ajudam a gerir documentos digitais e on-line, com valor legal e acesso remoto.

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